domingo, 11 de setembro de 2011

AMERICANOS LEMBRAM AS VÍTIMAS DO 11 DE SETEMBRO

 

NOVA YORK - Americanos em todos os cantos do mundo lembram neste domingo os dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o prédio do Pentágono. Exatamente às 8h40m (9h40m de Brasília), em Nova York, teve início a cerimônia no Marco Zero, onde estavam localizadas as torres. No local, também foi construído o Memorial do 11 de Setembro. A abertura ficou a cargo da banda da polícia de NY e de um coral jovem do Brooklyn, que interpretou o hino nacional americano.
O presidente Barack Obama e o ex-presidente George W. Bush permaneceram em silêncio enquanto os sinos badalaram duas vezes às 8h46m (9h46m no horário de Brasília), no momento exato, dez anos depois, em que o primeiro avião atacou o World Trade Center.
Obama leu o Salmo 46 que relembra que a fé em Deus é um refúgio e força que habita "nesta cidade". Já o ex-presidente Bush leu uma carta de Abraham Lincoln na guerra civil para uma mãe que perdeu seus cinco filhos.
Ao som do violoncelista Yo Yo Ma, os parentes das vítimas puderam entrar em um Marco Zero totalmente transformado. O local é uma espécie de centro de um dia de lembranças e luto para a nação.

O ápice da cerimônia para consagrar o memorial do 11 de Setembro, que abrirá ao público na segunda-feira, foi a leitura dos nomes dos quase três mil mortos na tragédia.
Os parentes, alguns vestidos de preto e outros usando camisetas em homenagem aos bombeiros, lotaram o espaço em frente ao palco onde estavam o presidente Obama, a primeira-dama, Michelle, o ex-presidente Bush e a esposa, Laura.
O discurso de abertura da cerimônia ficou a a cargo do prefeito da cidade, Michael Bloomberg, que, às 8h46m (9h46m de Brasília), pediu um minuto de silêncio. Essa foi a hora em que o primeiro avião atingiu uma das torres do World Trade Center, há dez anos. Às 9h03m (10h03m de Brasília), um novo minuto de silêncio foi feito para lembrar o ataque à segunda torre.
Pouco antes da abertura, Obama e Michelle se uniram a Bush e Laura em frente a um espelho d'água, onde ficava a torre norte do WTC. Eles percorreram a pé o perímetro do monumento e permaneceram em silêncio antes de saudarem os parentes da vítimas dos ataques.
Os americanos se concentram hoje em torno de três locais específicos: onde estavam as torres gêmeas do World Trade Center, no Pentágono e em uma área rural onde caiu o voo 93 da United Airlines.
Além de ir ao WTC, Obama foi à Pensilvânia. Em seguida, vai à região do Pentágono e, à noite, fará um discurso no Kennedy Center, em Washington.
Na Pensilvânia, Obama e Michelle depositaram flores no Muro dos Nomes, um monumento ao voo 93 da United Airlines e que homenageia os 40 passageiros e tripulantes que morreram há dez anos.
Cerca de três mil pessoas, muitos cidadãos comuns, fizeram filas atrás das barricadas de segurança para apertar a mão do presidente. Outros tiraram fotos, enquanto uma parte do público gritava: 'EUA", "EUA".
Uma das pessoas presentes chegou a gritar: "Obrigado por matar Bin Laden".
Na cerimônia, quase cinco mil pessoas ouviram a leitura dos nomes dos passageiros e tripulantes mortos.
- Nos últimos dez anos temos ouvido como esse lugar tem sido comparado com muitos outros, incluindo os Álamos e Gettysburg - disse o governador Tom Corbett no novo parque dedicado ao local onde caiu o voo 93.
- Mas, na verdade, este lugar não é como qualquer outro porque o que aconteceu no voo 93 não foi como qualquer outro - afirmou.
Desde cedo, os americanos se reúnem para orar em catedrais das grandes cidades e depositar flores em frente às estações dos bombeiros em cidades pequenas. Assim como nas cerimônias dos anos anteriores, os sinos voltaram a badalar para lamentar as perdas de vidas.

CELEBRAÇÕES EM TODO O MUNDO

As cerimônias para lembrar os dez anos dos atentados não se limitaram aos EUA, mas foram realizadas em várias parte do mundo. No Japão, foram depositadas flores em uma caixa de vidro, que guarda um pequeno pedaço de aço do World Trade Center, para lembrar os 23 funcionários do Banco Fuji que não conseguiram sair das torres.
Uma vila nas Filipinas ofereceu rosas, balões e orações para uma vítima americana cujo viúvo construiu 50 casas coloridas no local para atender seu desejo de ajudar os filipinos pobres.
Na Malásia, Pathmawathy Navaratnam acordou, como faz todas as manhãs há dez anos, desejando bom dia para o filho, um analista financeiro, morto em NY.
- Ele é minha luz do sol. Ele viveu a vida ao máximo, mas não posso aceitar que não esteja mais aqui. Ainda estou viva, mas morta por dentro.
Em memória de uma guerra que começou no rastro dos atentados, 77 soldados americanos ficaram feridos quando um ataque suicida Talibã explodiu um caminhão em frente a uma base da Otan no Leste do Afeganistão. Dois civis foram mortos.
Fonte: O Globo

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