sábado, 3 de setembro de 2011

Exploração do pré-sal cria expectativa de crescimento e geração de empregos

Enquanto municípios produtores de petróleo da região Norte Fluminense se articulam para evitar perdas em seus orçamentos por conta da iminente redistribuição dos royalties, a exploração do pré-sal já cria expectativas de estímulo ao crescimento de diferentes setores da indústria e geração de mais de dois milhões de empregos até 2020.

De acordo com diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloi Fernández e Fernández, a cadeia do petróleo e gás vai concentrar a maior parte dos investimentos no país até 2014. De R$ 611 bilhões em investimentos, R$ 378 bilhões — ou seja, 62% — serão aplicados por empresas do setor. O valor corresponde à metade do que será aplicado em infra-estrutura até 2014.

A Petrobras será responsável pela maior parte desses investimentos. A empresa anunciou contratações e um plano de negócios de US$ 270 bilhões, que correspondem a R$ 430 bilhões, até 2015. “Se o governo federal trabalhar para que outras empresas ampliem seus quadros de pessoal, a geração de vagas passará de dois milhões”, ressaltou Fernandez.

O economista e gerente do Centro de Informação e Dados de Campos (Cidac), Ranulfo Vidigal, afirma que o papel da Bacia de Campos neste cenário de crescimento em virtude do pré-sal será fundamental, porque 60% do produto ficará em frente ao Estado do Rio de Janeiro. Ele alerta, entretanto, que o setor só contrata profissionais altamente qualificados e por altos salários.

— Toda a região terá que investir maciçamente em capacitação, porque os empregos vão chegar, mas para quem estiver preparado — ressaltou o economista, lembrando que a média salarial do setor, em Macaé, é de R$ 3,6 mil por mês.

Presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli garantiu que o governo prepara um plano de estímulo à indústria do petróleo e gás para os próximos anos. “O país tem que desenvolver sua produção nacional”, destacou Gabrielli.
A diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, informou que a agência exige das empresas que usem percentuais mínimos de produtos nacionais nas operações, determinação que estimula a criação de trabalho.

Fonte: Folha da amanhã


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