Instabilidade política preocupa; Campos teve 7 prefeitos nos últimos 7 anos
As constantes mudanças vieram após várias denúncias de possíveis irregularidades, investigações policiais, cassações e liminares.
Esta quinta-feira (29) começou como um dia comum para muita gente no centro de Campos. O comércio abrindo as portas, as pessoas indo para o trabalho, enfim. A cassação da prefeita Rosinha Garotinho já era notícia, mas tinha gente que ainda nem sabia o que estava acontecendo. Já quem se inteirava sobre o assunto nas páginas dos jornais, mostrava descontentamento. E, para alguns, as mudanças na prefeitura de Campos não são nenhuma novidade.
A história recente de Campos tem revelado uma enorme instabilidade política. Uma rotina de denúncias de possíveis irregularidades, investigações policiais, cassações, liminares, retornos. A conta é redonda: nos últimos sete anos, nada menos que sete prefeitos já estiveram a frente do maior município do interior do estado.
Em 2004, Arnaldo Vianna foi o primeiro a ser afastado, acusado de usar a máquina pública nas eleições. No lugar dele assumiu Geraldo Pudim, na época, vice-prefeito. Arnaldo voltou ao cargo em menos de 24 horas por meio uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seguida, Carlos Alberto Campista foi eleito, assumiu em 2005, mas ficou apenas cinco meses no cargo e teve o mandato cassado. Quem assumiu foi Alexandre Mocaiber, o então presidente da Câmara.
A justiça determinou eleições suplementares em 2006, vencida por Mocaiber. Mas ele também foi afastado em 2008 depois da operação telhado de vidro. Quem ficou à frente da prefeitura foi o então vice, Roberto Henriques, que administrou Campos por 43 dias. Mocabeir voltou e terminou o mandato. Em 2009, quem assumiu foi Rosinha Garotinho. No ano seguinte, o TRE cassou o mandato dela e do vice por irregularidades na campanha eleitoral. Eles foram acusados de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
Nelson Nahim, presidente da Câmara, ficou à frente da prefeitura por sete meses. Rosinha retornou depois de conseguir na justiça o direito de responder ao processo no cargo. Agora ela é afastada mais uma vez pelas mesmas denúncias.
Fonte: in360
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