MEC CORTA VAGAS EM CURSOS DE MEDICINA POR DESEMPENHO FRACO

Universidade de Nova Iguaçu, com nota 1.91, foi uma das atingidas pela medida

Rio - Um dia após a divulgação por parte do Ministério da Educação do Índice Geral de Cursos (IGC), onde várias instituições de Ensino Superior tiveram notas baixas, o ministério  suspendeu 514 vagas de 16 cursos de medicina no país.

 No Rio de Janeiro a Universidade Iguaçu, em Nova Iguaçu, teve reduzida de 100 para 40 vagas este ano. De acordo com o Conceito Preliminar de Curso (CPC), a universidade teve nota 1,91, considerado insatisfatório dentro da pontuação estabelecida pelo MEC. O reitor André Nascimento Monteiro, foi procurado mas estava fora da instituição.

O processo de supervisão dos cursos com baixo desempenho foi anunciado nesta quinta-feira pelo MEC. No Diário Oficial da União desta sexta-feira,foram publicadas as medidas cautelares suspendendo as vagas em centros universitários de são Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso, que terão 30 dias para informar ao ministério as medidas que irão adotar para melhorar a qualidade do curso. Caso isto não ocorra, elas podem ter os cursos cancelados.

A avaliação feita pelo Ministério da Educação tem por base o desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), infraestrutura oferecida e na qualidade dos docentes. O indicador varia em uma escala de 1 a 5.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que  pretende suspender até o fim do ano 50 mil vagas em graduações na área da saúde, ciências contábeis e administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010. Os dados do Enade 2010  mostram que 594 dos 4.143 cursos avaliados tiveram CPC 1 ou 2. A nota 3 é considera satisfatória e os CPCs 4 e 5 indicam que o curso é de boa qualidade.

O percentual de vagas reduzidas em cada curso variou entre 20% e 65% do total, de acordo com o desempenho no CPC. A redução no número de vagas de ingresso passa a valer para o próximo processo seletivo de cada instituição.
 

Fonte: O Dia