INSALUBRIDADE EM ESCOLAS ESTADUAIS
Dois mil alunos estudam em salas de aula quentes, apertadas e até sem janela. Fezes de pombos tomam conta de muros
Em dias de chuva, água entre pelo buraco do teto e alunos se espremem de um lado da sala | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
“O calor é tão intenso que a gente tem que se esforçar para se concentrar. O ventilador é muito velho e parou de girar. Além disso, quando chove, os 35 alunos precisam se apertar na metade da sala em que não chove”, conta Gergielem Oliveira, 16 anos, aluna do 2º ano do Colégio Vilma Atanázio, acrescentando que entra água pelo buraco do teto, do ar-condicionado e até pela lâmpada.
Precariedade
Nas salas de aulas improvisadas — uma delas é tão quente que é chamada de ‘porão’ —, o espaço é tão apertado que os alunos fazem rodízio em dias de exame. “Meninas e meninos fazem prova em horário diferente”, conta Maiara Inácio Mendes, 16 anos, aluna do 1º ano. “No calor, a gente não pode ligar o ventilador porque a gente sente logo cheiro de queimado”, afirma.
Falta de manutenção fez com que parte do reboco de uma das salas do Colégio Irmã Dulce caísse | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Computadores e quadra de esportes não são usados
Em nota, a Secretaria estadual de Educação informou que unidades funcionam em prédios alugados em 2000. O órgão afirmou que duas novas escolas serão construídas em Campo Grande no ano que vem e que os colégios Irmã Dulce e Professora Vilma Atanázio serão transferidos para esses imóveis no segundo semestre de 2012.
A secretaria justificou que, por se tratar de prédios alugados, o estado não pode fazer obras. O órgão esclareceu ainda que envia para as escolas verbas para manutenção e limpeza e que vai apurar as responsabilidades sobre o motivo pelo qual isso não vem sendo feito e promete tomar providências.
Segundo a assessoria, das 1.457 unidades, 440 passaram por algum tipo de intervenção e que 42% foram avaliadas como ótimas ou boas em levantamento feito no início do ano.
Fonte: O Dia
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