Hoje é um dia decisivo para os policiais militares, civis e bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. As três categorias estão esperançosas de que hoje o governo negocie. Caso contrário, e de acordo com o que for acordado em assembléia geral às 18h, na Cinelândia, centro do Rio, os profissionais da área de segurança pública podem cruzar os braços por tempo indeterminado a partir da meia-noite. Apesar de apoiar o movimento, a população teme uma possível onda de violência, como a que se instalou na Bahia na última semana.
De Campos sairão três ônibus da Associação dos Servidores Militares Estaduais do Norte e Noroeste Fluminense (Asmennf) para militares das duas regiões marcarem presença na assembléia. Segundo o presidente da Asmennf, Gilson Gomes, os profissionais só querem melhores condições de trabalho e salário digno.
Um dos líderes do movimento pelo Corpo de Bombeiros, cabo Benevenuto Daciolo, que ontem estava em Salvador-BA acompanhado de juízes federais da Associação de Magistrados do Brasil, disse que, se os militares optarem pela greve, o Carnaval no Rio será prejudicado. “Os líderes dos movimentos em alguns municípios do estado, junto com as prefeituras, estão montando estratégias para que a população não sofra danos”, disse, esclarecendo que os serviços emergências serão prestados.
Daciolo explicou que sua ida à capital baiana foi para ver de perto a real situação na cidade e regiões vizinhas. “O soldado na Bahia já ganha R$ 2,2 mil, enquanto aqui no Rio recebe R$ 1,2 mil. O Governo baiano gasta 44% da receita líquida com os servidores da segurança pública. Já no Rio, o gasto é de apenas 27% da receita líquida com os servidores”, comparou.
Decretos de Sérgio Cabral tentam reverter situação na última hora
Na última terça-feira (7), o governador Sérgio Cabral assinou dois decretos com regras complementares para promoções de PMs e bombeiros, que beneficiaria, de imediato, 3.673 praças das duas corporações. Um deles reduz de 8 para seis anos o tempo máximo de serviço para um soldado ser promovido a cabo; de cabo para 3º sargento, de 15 para 12 anos; de 3º sargento para 2º sargento, de 20 para 16 anos; de 2º sargento para 1º sargento, de 25 para 20 anos; e de 1º sargento para subtenente, de30 para 25 anos.
A medida, para Daciolo, pode até ser boa, mas eles continuarão sendo os militares com os piores salários do país. “Reivindicamos um piso de R$ 3,5 mil, Plano de Carreira único, Auxílio Transporte de R$ 350, Auxílio Alimentação de R$ 350, data base e hora extra remunerada”, concluiu.
Fonte: O Diário
Nenhum comentário:
Postar um comentário