PREFEITO E DIRETOR DA FERROUS PEDEM SOCORRO
CONTRA CRISE EM PROJETO NO SUL DO ESTADO
A instalação do projeto siderúrgico da Ferrous Resources em Presidente Kennedy voltou a entrar em zona de risco. Após duas tentativas frustradas para a captação de recursos no mercado, o grupo transnacional quer o apoio da Assembleia Legislativa para solucionar a crise. Nesta terça-feira (27), o prefeito Reginaldo Quinta (PTB) e o superintendente de Meio Ambiente da Ferrous, Cristiano Parreiras, tiveram longa audiência com o novo presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM).
Antes mesmo de assumir a presidência da Assembleia, o demista vinha mostrando interesse no assunto. Representante do sul do Estado na Casa, Ferraço alertava para os entraves na consolidação do projeto que ganhou evidência no escândalo conhecido como “jabás do ex-governador Paulo Hartung”.
Mesmo com a conquista das isenções fiscais necessárias para instalação no Espírito Santo e a compra das áreas em Presidente Kennedy – operação intermediada pelo sócio e parceiros do ex-governador –, os donos do negócio não conseguiram encontrar um parceiro estratégico para a conclusão do mineroduto e do porto que vai escoar a produção das minas da Ferrous na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.
Para o mercado, a estratégia da direção do grupo Ferrous era utilizar as concessões dos benefícios como um dos atrativos para a venda dos ativos do negócio. A instalação do projeto siderúrgico seria, na verdade, um investimento para negociação junto a grandes empresas do setor. No entanto, a retração no mercado internacional teria diminuído o ímpeto dos interessados.
A mídia nacional registrou duas investidas do Ferrous na busca de parceiros para o negócio. Em ambas, as conversas com o grupo australiano BHP Billiton – um dos gigantes do setor ao lado da mineradora Vale – e com a MMX Mineração e Metálicos, empresa do bilionário Eike Batista, evoluíram para uma negociação formal.
A meta da Ferrous é produzir, numa primeira fase do projeto – instalação de minas, mineroduto e porto –, 25 milhões de toneladas de minério por ano até 2016. Na segunda etapa, o projeto prevê alcançar 50 milhões de toneladas. Em Presidente Kennedy, a empresa planeja transformar o minério em pelotas e até em aço. O mineroduto e o porto já têm licença prévia.
Fonte: Século Diário
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