Brasília -  Os professores do Distrito Federal decidiram, em assembléia geral realizada na manhã desta terça-feira, continuar a greve iniciada no dia 12 de março. Os grevistas exigem reajuste salarial e reestruturação do plano de carreira, com equiparação a outros cargos de nível superior do Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com a Polícia Militar, cerca de 7 mil educadores compareceram à manifestação, realizada em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal, José Eudes, afirmou que os profissionais somente encerrarão a greve quando tiverem as reivindicações atendidas. "Na verdade, os professores só vão sair dessa greve quando conseguirem a vitória. A Lei de Responsabilidade Fiscal não tem a ver com a discussão dos professores, é uma assunto interno do governo. O GDF tem de se organizar", ressaltou.
Segundo informação divulgada pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) durante a assembléia, uma nova proposta para encerrar a paralisação dos servidores será apresentada pelo GDF na próxima sexta-feira (13). Segundo representantes do sindicato, a greve vai continuar até que o governo apresente uma proposta que atenda à pauta dos educadores.
Do outro lado, a Secretaria de Administração Pública (Seap) reafirmou que nenhum reajuste está sendo cogitado. O secretário Walmir Lacerda convocou uma reunião para esta semana com a intenção de abrir canal de diálogo com os grevistas. Ele pretende convencer os professores de que o GDF não dispõe de recursos financeiros para conceder reajuste salarial este ano. Uma comissão de negociação formada pelos professores ainda foi recebida pelo secretário de Governo, Paulo Tadeu, no início da tarde.
As informações são da Agência Brasil