domingo, 21 de agosto de 2011

Produtor de Rio das Ostras inova com horta hidropônica e diz que lucro é certo

O novo tipo de agricultura é livre de agrotóxicos e por isso é mais valorizado. A técnica também utiliza menos espaço e mão de obra.

Um produtor rural encontrou uma alternativa para reduzir custos e colocar no mercado um tipo de alface diferente. O exemplo vem do Alexandre Ramos, agricultor de Rio das Ostras, ele apostou na chamada ''horta hidropônica'' há sete meses e o trabalho já está dando resultados. Além de vender para mercados e sacolões da cidade, a ideia da prefeitura é comprar a alface para usar na merenda de escolas públicas.
No sistema hidropônico, os pés de alface crescem sem precisar de contato com a terra. A água corre em tubos de cano pvc e alimenta a horta. O termo hidropônico vem do grego: hidro significa água e ponos, trabalho. A técnica consiste em implantar mudas nos orifícios abertos nas tubulações. E ali mesmo a hortaliça se desenvolve até a época de colheita. Alexandre montou a plantação de alface das variedades lisa, crespa e roxa na propriedade dele em Cantagalo, distrito de Rio das Ostras. O produtor rural foi o pioneiro desta cultura no município, ele começou com 3 mil mudas em janeiro e hoje já tem 10 mil. O investimento inicial foi alto, e o retorno garantido.
A estrutura em pvc fica suspensa do chão com uma leve inclinação. A cada 15 minutos, um sistema bombeia a água para os tubos. Em uma caixa com capacidade para cinco mil litros de água um adubo químico, que acelera o crescimento das mudas, é dissolvido. Um gasto médio de R$ 300 por mês. Com isso, o tempo de colheita é mais rápido. Da maneira tradicional leva dois meses, do jeito hidropônico: 25 dias.

Apesar da água ser a base da produção, o consumo é bem menor do que no cultivo convencional. Nesse sistema, Alexandre gasta apenas 5% do que gastaria em uma plantação em terra. E por não ter contato com o solo, a alface fica livre de pragas e contaminação. E por isso, não é necessário usar agrotóxicos, justamente por não usar agrotóxicos, o produto ganha mais valor de mercado. Um pé de alface é vendido normalmente por R$ 0,30, na produção hidropônica é vendido por R$ 1,00.
Alexandre já trabalhava com a técnica em Teresópolis, Região Serrana do Rio, e decidiu se mudar para Rio das Ostras depois de sofrer prejuízos com as chuvas de janeiro. Na cidade ele recebeu assistência técnica e apoio da prefeitura. A técnica otimiza espaço, os mesmos 400 metros quadrados de plantação hidropônica, no convencional produziriam muito menos pés de alface.

Fonte: in360

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