Rio -  A Polícia Federal desarticulou parte de quadrilha especializada em fraudar provas de Vestibular em vários estados. No sábado, 11 pessoas foram presas durante prova de Medicina da Universidade Estácio de Sá, no Centro do Rio. Nas salas, foram detidos um suspeito de repassar o gabarito a comparsas e alunos, além de oito pessoas que realizavam o exame com documentos falsos de estudantes de Minas, Goiás e São Paulo, e duas jovens que usavam celulares. Todos foram para a 5ª DP (Mem de Sá), onde caso é investigado.
Foto: Arte O Dia  
Foto: Arte O Dia

Os suspeitos foram autuados pelos crimes de formação de quadrilha, uso de documentos falsos e fraude em certames de interesse público. Um dos suspeito foi solto. Outras duas pessoas foram denunciadas por fraude e liberadas após pagarem fiança.

O flagrante foi possível graças à denúncia anônima feita à PF. A quadrilha cobrava de R$ 40 mil a R$ 70 mil por provas presenciais (quando uma pessoa fazia a prova usando o nome do interessado) e de R$ 10 mil a R$ 15 mil por envio de gabaritos via celular ou ponto eletrônico. As mensagens enviadas aos estudantes continham sequências de 10 números de 1 a 5, que correspondiam a séries de 10 questões e letras de A a E. Vestibulandos identificados por se beneficiarem da fraude serão chamados para depor.

Através de nota, a Estácio esclareceu que ‘o trabalho das autoridades policiais resultou na condução de 13 suspeitos à 5ª DP para averiguação de possível prática dos crimes’. Além disso, diz que ‘tomou todas as medidas necessárias para garantir a lisura e a transparência no vestibular para o curso de Medicina, que foi mantido’.


Suspeito havia sido detido em Minas Gerais

Segundo investigações da polícia, um dos suspeitos já teria sido preso no início de janeiro em Araguari, Minas Gerais. Na ocasião, ele estaria tentando realizar prova de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac) com documentos falsos.

No domingo, em Maringá, Paraná, outras 11 pessoas, que seriam de outra quadrilha e faziam vestibular para Medicina do Centro Universitário de Maringá foram presos com pontos eletrônicos e celulares presos às roupas.
Fonte: O Dia